Consumo de ansiolíticos e antidepressivos aumentou nos últimos cinco anos

O actual Plano Nacional de Saúde válido até ao próximo ano regista uma evolução positiva em 70 dos 120 indicadores que lá estão registados.
Nos últimos cinco anos, de acordo com a Alta Comissária para a Saúde, Maria do Céu Machado, este plano registou progressos na prestação de cuidados médicos a crianças e jovens, no combate às doenças cardiovasculares e ao cancro.
O pior registo está relacionado com o indicador de saúde mental dos portugueses, o que preocupa a Alta Comissária.
«O consumo de ansiolíticos e antidepressivos ou as taxas de suicidio está a agravar-se e temos um consumo exagerado», sublinha.

A saúde infantil foi um dos indicadores que mais evoluiu, mas a alta comissária continua a registar falhas na prevenção dos acidentes. «Falta-nos por exemplo legislação relativamente a uma série de situações como sejam as piscinas, andar de bicicleta, de modo a proteger as crianças e os adolescentes de acidentes», adianta a Alta Comissária.

A Saúde Escolar também está longe do desejado. Três em cada cinco jovens não vai ao médico de família, por isso Maria do Céu Machado considera que o futuro Plano Nacional de Saúde tem de apostar numa estratégia diferente concentrando-se nos grupos mais vulneráveis. «Nós temos que nos preocupar com os grupos em que há falta de equidade no acesso aos cuidados de saúde, seja aos imigrantes, seja as bolsas de pobreza, de exclusão social», disse.

O futuro Plano Nacional de Saúde, entre 2011 e 2016, deve também adoptar estratégias regionais. «Em relação ao número de novos casos de infecção por HIV, a pior região é Lisboa, a região que apresenta piores indicadores de consumo de ansioliticos e antidepressivos é o Alentejo, em relação aos acidentes de viação, o Centro tem resultados piores que as outras regiões», referiu a Alta Comissária.

Fonte: TSF.

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